Autoridades reforçam a importância da vacinação para conter avanço da doença. O Rio Grande do Sul já contabiliza 119 casos de coqueluche em 2025, conforme dados do Ministério da Saúde até a tarde desta sexta-feira (14). Entre os registros, um paciente veio a óbito, o que acende um alerta para a necessidade de prevenção e controle da doença no estado.
Em Chuvisca, um caso foi confirmado através de atestado com o CID 10 A37, código que classifica a coqueluche. A paciente, uma jovem de 18 anos, recebeu o diagnóstico no dia 8 de março na UBS Central do município. O caso, no entanto, ainda não foi incluído no painel oficial do Ministério da Saúde.
Além dela, o irmão da jovem, um menino de 3 anos que já havia sido vacinado, também apresentou sintomas e foi diagnosticado com a doença. "Ele ainda está bem ruim, com muitíssima tosse", relatou a mãe. O menino segue em tratamento domiciliar.
Coqueluche no RS: aumento expressivo e alerta das autoridades
Os números recentes reforçam a necessidade de vigilância. Em 2024, o Rio Grande do Sul registrou 430 casos, o maior número desde 2013, quando 517 pessoas foram diagnosticadas com a doença. O crescimento preocupa as autoridades de saúde, que destacam a vacinação como principal estratégia de prevenção.
Vacinação: principal medida de proteção contra a coqueluche.
O Ministério da Saúde recomenda um esquema vacinal que inclui:
✅ Três doses da vacina pentavalente: aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade.
✅ Reforço com a tríplice bacteriana (DTP): aos 15 meses e aos 4 anos.
Além disso, gestantes devem receber a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª semana de gestação para garantir a proteção dos bebês nos primeiros meses de vida.
A vacinação também é recomendada para profissionais da saúde, doulas, parteiras tradicionais e trabalhadores de creches e berçários que atuam com crianças de até 4 anos.
O que é coqueluche?
A coqueluche é uma infecção respiratória altamente transmissível, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Sua principal característica são crises de tosse seca intensa, que podem ser acompanhadas por chiado no peito, febre e dificuldade para respirar.
A transmissão ocorre pelo contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas, principalmente por meio de tosse, espirros ou fala. O período de incubação da doença varia de 4 a 21 dias e, em casos raros, pode se estender por até 42 dias.
O diagnóstico precoce pode ser um desafio, pois os sintomas iniciais se assemelham a um resfriado comum. Para confirmar a infecção, médicos podem solicitar exames como PCR, cultura da bactéria, hemograma e raio-X de tórax.
Diante do aumento de casos, especialistas reforçam a necessidade de atenção aos sintomas e a importância da vacinação como principal ferramenta de proteção contra a doença.
Fonte: Clic Camaquã