A Igreja Católica tem um novo pontífice. A tradicional fumaça branca saiu pela chaminé da Capela Sistina às 18h07 no horário local (13h07 de Brasília), nesta quinta-feira (8), indicando ao mundo que os cardeais reunidos no conclave chegaram a um consenso. O sinal marca o fim do processo de eleição papal e confirma que o sucessor de São Pedro foi escolhido — embora seu nome e rosto ainda não tenham sido revelados.
A eleição ocorreu após quatro rodadas de votação, ao longo de dois dias, dentro do padrão observado nas últimas sucessões papais. Ao todo, 133 cardeais com menos de 80 anos participaram da escolha. Para ser eleito, o novo papa precisou obter ao menos dois terços dos votos — o equivalente a 89 sufrágios — conforme as normas do Colégio Cardinalício.
A escolha do novo pontífice vem após a morte do Papa Francisco, que liderou a Igreja por 12 anos e faleceu no início deste ano. Desde então, a Santa Sé preparava o cenário para o conclave, seguindo os ritos tradicionais, incluindo a instalação da chaminé temporária na Capela Sistina para a sinalização pública do resultado.
O anúncio oficial do nome do novo papa será feito em breve, da varanda central da Basílica de São Pedro, por meio do cardeal protodiácono, atualmente o francês Dominique Mamberti. Ele declarará em latim a famosa frase:
"Annuntio vobis gaudium magnum. Habemus Papam!"
("Anuncio-vos uma grande alegria. Temos um Papa!")
Em seguida, Mamberti anunciará o nome civil e o nome pontifício escolhido pelo novo líder da Igreja, diante de milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
Antes de se apresentar ao público, o cardeal eleito será conduzido à chamada Sala das Lágrimas, uma sacristia anexa à Capela Sistina, onde se recolherá brevemente em oração e vestirá, pela primeira vez, as vestes papais.
Nesta edição do conclave, o decano entre os cardeais eleitores foi o italiano Pietro Parolin, que também atuou como secretário de Estado durante o pontificado de Francisco. Coube a ele, conforme a tradição, perguntar ao escolhido se aceita a missão de guiar a Igreja. Se Parolin tiver sido o eleito, a função cerimonial teria sido transferida para o também cardeal-bispo italiano Fernando Filoni.
Agora, o mundo católico aguarda o momento solene em que o novo pontífice surgirá à sacada da Basílica, oferecendo sua primeira bênção apostólica à cidade de Roma e ao mundo.