A morte de Elbio Silveira de Almeida, de 62 anos, durante uma ação da Brigada Militar no último sábado, em São Sepé (RS), gerou questionamentos por parte da família, que contesta informações inicialmente divulgadas sobre o caso.

De acordo com os familiares, Almeida era divorciado e não tinha qualquer relação afetiva com a mulher envolvida no incidente, diferentemente do que foi veiculado. Além disso, ele enfrentava problemas de saúde graves, incluindo esquizofrenia, depressão e outras comorbidades mentais. Há oito anos, Almeida sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico que comprometeu sua mobilidade, deixando sequelas motoras no lado esquerdo do corpo e perda total da visão do olho esquerdo.

A família afirma que a mulher citada no caso era uma moradora de rua, usuária de drogas e conhecida na cidade por envolvimento em furtos e agressões. Segundo testemunhas, ela teria invadido a casa de Almeida e furtado uma quantia em dinheiro, o que motivou sua reação com um facão.

Outro ponto questionado pelos familiares é a conduta dos policiais durante a abordagem que resultou na morte de Almeida. Em vídeos que circulam nas redes sociais, eles alegam ser possível ver que ele não apresentava comportamento agressivo no momento dos disparos. "Ele perde o equilíbrio em função das suas limitações físicas e, mesmo assim, é atingido a queima-roupa", afirmou um parente da vítima.

O caso segue gerando repercussão e levanta debates sobre a abordagem policial em situações que envolvem pessoas com deficiência e transtornos mentais.

Fonte e foto: Notícias na Tela